Geral

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Série

Gráfico interativo: Passe o mouse na série acima.

Correlograma

O correlograma é o gráfico utilizado em séries temporais para traçar as autocorrelações (ACF = autocorrelation function) em diversas defasagens. Através deste gráfico é possível identificarmos se a série possui alguma tendência ou sazonalidade. No gráfico acima, o eixo vertical indica a autocorrelação e o horizontal a defasagem (lags). A linha horizonal tracejada azul define o nível de significância mínimo. Isto é, se uma autocorrelação estiver acima dessa linha, ela é estatisticamente significativa.

Teoria

• O modelo dinâmico para o nível com fator de descontos utilizando o modelo Binomial

Nosso objetivo é analisar a probabilidade do parto do tipo cesáreo ao longo do tempo. Para tanto, seja \(y_t\) o número de cesarianas no tempo \(t\) e \(n_t\) o número de partos. Então

\[y_t|p_t\sim\hbox{Binomial}(n_t,p_t) \]

O nível da série é \(E(y_t|p_t)=n_tp_t\). Considere, para o tempo \(t\), a priori

\[p_t|y_{1:t-1}\sim\hbox{Beta}(r_t,s_t)\]

Então, a posteriori para o tempo \(t\) será

\[ p_t|y_{1:t}\sim\hbox{Beta}(r_t^\star , s_t^\star).\]

onde \(r_t^\star = y_t+r_t\) e \(s_t^\star = n_t - y_t + s_t.\)

Começando com \(r_1=s_1=1\), os hiper parâmetros da priori para o tempo \(t>1\) são atualizados via fator de descontos \(\delta:r_t=\delta r_{t-1}^\star\) e \(s_t=\delta s_{t-1}^\star\).

O nível é estimado por

\[ E(n_t p_t|y_{1:t})=n_t E(p_t|y_{1:t})=\frac{n_t}{r_t^\star}{r_t^\star+s_t^\star}.\]

Já a previsão um passo à frente é dada por

\[ E(y_t|y_{1:t-1})=E(E(y_t|p_t)|y_{1:t-1})=E(n_t p_t|y_{1:t-1})=\frac{n_t r_t}{s_t+r_t}\]

Nível estimado

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Localização

Licença Creative Commons
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Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Elaborado por: Ariane Hayana Thomé de Farias

Informações:

O banco de dados em estudo contém o número de partos mensais no Amazonas entre janeiro de 1994 e dezembro de 2020. Ele possui duas colunas: cesareo, que contém o número de cesarianas e total, que inclui os outros tipos de parto, como o vaginal, fórceps ou ignorado.

Informações

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Partos cesarianas no Brasil ao longo da história


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A cesariana é um tipo de intervenção em que o médico faz um corte no abdômen, seguido de um corte no útero para retirar o bebê (Pastoral da Criança 2021). Por se tratar de um procedimento cirúrgico, assim como outros procedimentos, este tipo de intervenção implica em riscos à saúde. Pontos, suturas, infecções, dores no pós-parto são apenas alguns dos riscos e consequências que estão atrelados à esse tipo de intervenção cirúrgica.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS (2021), a maioria dos partos cesáreos (37,29%) ocorreram no ano de 2019 em mulheres com idade gestacional entre 37 e 38 semanas, o que segundo Agência Brasil (2021), “Bebês nascidos abaixo de 39 semanas têm mais chances de apresentar incapacidade de manutenção da temperatura corporal, imaturidade pulmonar e maior dificuldade de sucção do leite materno” (nota citada originalmente pela ANS).

A Agência Senado (2019) relata que em 2016, o Conselho Federal de Medicina, através da resolução 2.144, passou a prever que o médico pode atender o desejo da paciente e realizar parto cesárea a partir da 39ª semana de gestação. De acordo com a resolução, a gestante tem o direito de optar pela realização de cesariana, desde que tenha recebido todas as informações necessárias.

O Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em número de cesáreas, com uma taxa acima de 55% do total de partos, perdendo apenas para a República Dominicana, com 58%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica, porém, que 15% é um índice tolerável e adequado para a realização do procedimento quando mãe e bebê não estão em condições físicas e de saúde para um parto normal.

Segundo a Fiocruz - Casa de Oswaldo Cruz (2021),

No Brasil, aproximadamente 55% dos partos realizados no país são cesáreas. É a segunda maior taxa do mundo, atrás apenas da República Dominicana. Se considerarmos a realidade no sistema privado de saúde, a proporção pula para 86%. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a taxa ideal de cesarianas deve estar entre 10% a 15% dos partos.

Referências

Painel desenvolvido por Ariane Hayana no RStudio com Flexdashboard (Sievert et al. 2022).

Referências

Agência Brasil. 2021. “Cesáreas Respondem Por 84% Dos Partos Realizados Por Planos Em 2019.” https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-08/cesareas-respondem-por-84-dos-partos-realizados-por-planos-em-2019.
Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. 2021. “Indicadores de Atenção Materna e Neonatal.” https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNDAyZmU5MjktMGQyNS00MmY2LWEwNDQtZjQ5N2ZkYzQxYmMwIiwidCI6IjlkYmE0ODBjLTRmYTctNDJmNC1iYmEzLTBmYjEzNzVmYmU1ZiJ9.
Agência Senado. 2019. “Projeto Garante Escolha Entre Parto Normal Ou Cesárea No SUS.” https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/08/01/projeto-garante-escolha-entre-parto-normal-ou-cesarea-no-sus.
Fiocruz - Casa de Oswaldo Cruz. 2021. “No Brasil Das Cesáreas, Falta de Autonomia Da Mulher Sobre o Parto é Histórica.” http://coc.fiocruz.br/index.php/pt/todas-as-noticias/1967-no-brasil-das-cesareas-a-falta-de-autonomia-da-mulher-sobre-o-parto-e-historica.html.
Pastoral da Criança. 2021. “Parto Natural, Normal Ou Cesárea: Entenda as Diferenças e Recomendações.” https://www.pastoraldacrianca.org.br/parto/parto-natural-normal-ou-cesarea-entenda-as-diferencas-e-recomendacoes.
Sievert, Carson, Richard Iannone, JJ Allaire, and Barbara Borges. 2022. “Flexdashboard: R Markdown Format for Flexible Dashboards.” https://CRAN.R-project.org/package=flexdashboard.